Evento aconteceu dia 4 de agosto, no Plenário 13 de Maio, e foi aberto ao público
A Assembleia Legislativa do Ceará realizou sessão solene em homenagem aos 80 anos de vida de Dr. Lúcio Gonçalo de Alcântara, fundador e mantenedor da Fundação Waldemar Alcântara. O requerimento foi de autoria do presidente da Assembleia Legislativa, Deputado Estadual Evandro Leitão, e do Deputado Estadual Firmo Camurça, subscrito pela Deputada Estadual Dra. Silvana e mais outros deputados. O evento contou com a presença de convidados, amigos, familiares e parceiros de trajetória.
A sessão solene reconheceu a importante contribuição do médico, político e escritor, Dr. Lúcio Alcântara, para o Ceará e para os cearenses.
Lúcio Gonçalo de Alcântara – 80 anos
Lúcio Gonçalo de Alcântara, um dos fundadores e mantenedores da Fundação Waldemar Alcântara, é médico, político e escritor. Nasceu em Fortaleza no dia 16 de maio de 1943. Casado com Maria Beatriz Rosário de Alcântara tem dois filhos, a arquiteta Maria Daniela e o advogado e ex-deputado federal, Leonardo Alcântara.
Lúcio é médico, graduado pela Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Ceará (1966), com curso de especialização em medicina tropical.
Filho do ex-governador Waldemar Alcântara e de Maria Dolores Alcântara, desde cedo, dedicou-se à vida pública. Exerceu seu primeiro cargo político aos 27 anos, como Secretário da Saúde do Estado do Ceará (1971-1973), função que voltaria a exercer por mais duas vezes, em 1975 e 1991. Em 1978, assumiu a Secretaria para Assuntos Municipais e, aos 36 anos, foi prefeito de Fortaleza (1979-1982), exercendo um mandato marcado pela defesa do meio ambiente, criando o Parque Adahil Barreto e garantindo proteção às lagoas urbanas de Fortaleza. Sua gestão criou espaço para a cultura, dando oportunidade para a descoberta de artistas locais e abrindo espaços para a mostra de seus talentos. Deputado Federal por dois mandatos (1983-1987 e 1987-1991) participou da Assembleia Nacional Constituinte em 1988. Foi vice-governador do Ceará de 1991 a 1994.
Em 1995, elegeu-se senador, com mais de um milhão de votos. No Senado Federal, ocupou a presidência da Comissão de Assuntos Econômicos e do Conselho Editorial do Senado Federal. Foi também membro da Comissão de Educação e da Comissão de Assuntos Sociais, e relator da Lei de Doação de Órgãos.
Em 2002, foi eleito governador do Ceará para o mandato de 2003 – 2006. Entre as iniciativas de maior repercussão da sua gestão estão as leis 13.351/2003 e 13.842/2006 que, respectivamente, reconhecem os Mestres da Cultura Tradicional Popular do Estado do Ceará e instituem o registro dos mesmos como Tesouros Vivos da Cultura, contribuindo para a preservação das raízes e modos de viver do cearense.
Presidiu, ainda no estado, o Partido da República (PR). Atualmente, está filiado ao Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB).
De par com o prazer da leitura, Lúcio Alcântara se aplica ao exercício da escrita e tem vários livros publicados, tanto como autor, como organizador. Entre eles: Blog de Papel; São Gonçalo do Amarante e o Padre Antonio Vieira; O Rio da Minha Infância; A Casa da Minha Avó; Entre Páginas, entre Vidas; Baús. Exerce ainda a atividade editorial, por meio do selo Labirinto; da revista Scriptorium e da Fundação Waldemar Alcântara.
Por tal afinidade eletiva com a área cultural, Lúcio Alcântara se credenciou para fazer parte de diversas instituições públicas, governamentais e de cunho associativo. Foi o primeiro presidente do Conselho Editorial do Senado Federal (1997/2003); presidente do Instituto do Ceará no período 2017/2021; sócio honorário da Academia Cearense de Medicina e Membro titular da Academia Cearense de Médicos Escritores. É membro da Academia Quixadaense de Letras, da Associação Brasileira de Bibliófilos e presidente da Academia Cearense de Letras.
Atualmente, preside também o Instituto do Câncer do Ceará, referência no país na área da oncologia.
