Primeira edição do “FWA Roda de Conversa” abordou a construção do imaginário da cidade através dos seus espaços e memórias

A primeira edição do FWA Roda de Conversa teve como tema “Espaço e Memória – a construção do imaginário da cidade”. Realizado no dia 26/07, na sede da Fundação Waldemar Alcântara, o evento, aberto ao público, reuniu pesquisadores, estudiosos e interessados nas discussões.

Sobre o debate

Analisar os aspectos históricos do surgimento e evolução do bairro Aldeota, em Fortaleza, desde as décadas iniciais do século XX e sua consolidação como bairro elegante, até meados da década de 1970, pode revelar muito sobre a cidade.

As razões que constituíram e consolidaram a centralidade do bairro, ao se transformar em área residencial verticalizada e de localização de comércio e serviços oferecidos a uma elite abastada, em pesquisa de Beatriz Diógenes, encontra sintonia e confluência com outros pontos da cidade, em seu processo contínuo de formação.

É o caso dos Jardins residenciais de Roberto Burle Marx e as mudanças de usos da Praça Clóvis Beviláqua.

Jardins residencial de Roberto Burle Marx

O conjunto dos projetos do paisagista Roberto Burle Marx, em Fortaleza, se sobressai, de modo significativo, com a implantação de jardins privados com características diferenciadas em relação ao contexto urbano e sociocultural, nas pesquisas de Fernanda Rocha.

Praça Clóvis Beviláqua

Assim como as mudanças de usos da atual Praça Clóvis Beviláqua (antiga Praça de Pelotas e Praça da Bandeira), entre 1888 e 1943, período em que esse espaço passou por incisivas alterações físicas e simbólicas, no final do século XIX, mapeadas por José M. Almeida Neto.

Encontrar a intercessão desses espaços, será o ponto de partida – e chegada – da primeira edição do “FWA Roda de Conversa”. O professor da Universidade Federal do Ceará, Clóvis Ramiro Jucá Neto, será o mediador dessa conversa, buscando os pontos de encontros e desencontros, na construção do imaginário da cidade.