Ubirajara, de José de Alencar, completa 150 anos

Em 1874, José de Alencar presenteava o Brasil com “Ubirajara”, o último romance da sua trilogia indianista, composta por “Iracema” (1865) e “O Guarani” (1857). Mais do que uma obra literária, “Ubirajara” se tornou um marco cultural, consolidando a figura do indígena como herói nacional e exaltando a exuberante beleza da natureza brasileira. A Fundação Waldemar Alcântara destaca a importância desta obra do cearense José de Alencar que completa 150 anos.

Um pouco da história!

A narrativa nos leva às margens do Rio Mearim, onde vive Jaguarê, um jovem guerreiro Araguaia em busca de glória e reconhecimento. Guiado por um senso de justiça inabalável e um amor incondicional por sua tribo, Jaguarê embarca em uma jornada épica repleta de desafios e perigos.

Mesmo após 150 anos de sua publicação, “Ubirajara” continua a encantar leitores de todas as idades. A obra de Alencar é um convite para redescobrir as raízes da nossa nação e celebrar a beleza da nossa terra.

O estudioso Leonardo Campos, Mestre em Letras, escritor e pesquisador, pontua que “o amor pela pátria, a criação de heróis nacionais, a comparação entre os cavalheiros medievais e os índios valentes permeiam cada página de Ubirajara, uma trajetória que se desvia da objetividade da poesia árcade e deflagra, poeticamente na prosa, o sentimentalismo e a subjetividade dos românticos. É um romance sobre a busca pela identidade nacional, uma mixagem de raças, religião, costumes, dentre outros aspectos de um grupo situado num Estado, movidos pelo ideal de unidade.”

EM TEMPO] A Biblioteca Labirinto, do Bibliófilo Lúcio Alcântara, possui três edições de Ubirajara: 1951, 1977 e 2002. Todos os três disponíveis para consulta, sob agendamento.

Visitas podem ser realizadas às terças, quartas e quintas-feiras, das 14h às 17h. Para agendar, ligue para: (85) 3257-6927.